Sabe aquela história de continuar
recebendo mensagens de chefes e dos colegas mesmo depois de ter "batido o
ponto"? Essa situação gerou 2.666 novas ações judiciais em 2022, quase o
dobro registrado em 2018, quando o número foi de 1.329. Os trabalhadores que
procuram a justiça para resolver a situação querem apenas exercer o direito de
se 'desconectar' das tarefas da empresa após o fim do expediente e se verem
livres da obrigação de responder e-mails ou atender demandas de última hora.
Com o avanço da tecnologia, é comum
que as organizações usem grupos no WhatsApp, por exemplo, para tratar de
assuntos profissionais. Essa praticidade, porém, pode virar dor de cabeça
quando os momentos de folga da equipe não são respeitados. Para o psicólogo
Lucas Freire, especialista em bem-estar no trabalho, é essencial que os
funcionários possam desfrutar do descanso sem a "sombra" das
obrigações com a empresa. O tempo de descanso é indispensável para saúde.
De acordo com o site Mundo dos
Advogados, “a questão passa a ser delicada quando as empresas abusam do uso
dessas ferramentas, extrapolando o horário de trabalho. O funcionário acaba
recebendo ligações e mensagens em seu horário de descanso, fora do expediente,
inclusive, nos fins de semana. O assunto é tão crítico que a França adotou em
2016 a Lei da Desconexão, amparando os funcionários para não responderem
solicitações online fora do horário de trabalho.
Segundo o portal Advogado Digital, mensagens
de WhatsApp fora do horário de trabalho podem gerar processo e já renderam até
condenações de empresas, que precisaram arcar com pagamento de horas extras ou
danos morais a funcionários. Embora esteja incorporado à rotina de trabalho dos
brasileiros, o uso corporativo da ferramenta fora do ambiente laboral depende
de contratos claros entre patrão e empregado, sob o risco de virar prova contra
abusos. Clique e saiba mais.