Em 14 de novembro é celebrado o Dia
Nacional da Alfabetização. Mas você sabia que cerca de 11 milhões de
brasileiros são considerados analfabetos? Isto representa 6,6% da população com
mais de 15 anos que não sabe ler nem escrever uma simples mensagem. Os dados
foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).
Esta realidade está mais presente no
Nordeste do país, onde 13,9% da população é analfabeta. Em seguida, aparece a
região Norte com 7,6%, depois Centro-Oeste com 4,9% e os menores índices estão
no Sul e Sudeste com 3,3%. A data escolhida é em homenagem à criação do
Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 1930, a partir do Decreto-Lei
19.402. A criação objetivou reforçar a importância do ensino e aprendizagem no
país.
A pró-reitora de pós-graduação em
unidade de ensino da Wyden, Marcela Miranda, explica a importância desta data
para a população: “A alfabetização pode ser definida como a habilidade de ler,
escrever, falar e ouvir de uma maneira que permita comunicação efetiva com os
demais indivíduos do meio. Assim, é de suma importância, não apenas a data, mas
a promoção constante da alfabetização, fazendo com que as pessoas conheçam seus
direitos para o desenvolvimento social e humano”.
Marcela Miranda ainda lembra que,
embora os números mostrem redução, os dados da PNAD, do total dos brasileiros
considerados analfabetos, 6,2 milhões vivem na região Nordeste. “Outro fato
relevante precisa ser destacado, em decorrência da pandemia, que afetou
substancialmente a alfabetização entre crianças de seis e sete anos, com
aumento de 66,3% entre 2019 e 2021, passando de 1,4 milhão para 2,4 milhões”,
destaca.
A professora acredita que a
alfabetização é o processo essencial para eliminar a pobreza, reduzir a
mortalidade infantil, alcançar a igualdade de gênero, dentre outros fatores. “A
falta de habilidades básicas de leitura e escrita é uma grande desvantagem,
pois a alfabetização não apenas enriquece a vida de um indivíduo, mas cria
oportunidades para que as pessoas desenvolvam habilidades que as ajudarão em
curto, médio e longo prazo”, lembra Marcela.
“Por isso, acredito que por meio da
alfabetização é possível não apenas erradicar a pobreza, o desemprego e a
desigualdade de gênero, mas também ajudar a promover os direitos humanos em
áreas que sofrem devido à falta de conhecimento de seus direitos”, comenta
Miranda. Nesse sentido, é importante evitar que as crianças faltem à escola. As
instituições de ensino públicas e privadas devem promover a participação das
crianças e dos seus pais nas decisões relacionadas à educação.