MPPE apresenta ação contra Compesa por causa do abastecimento irregular em Orobó


Para garantir os direitos na regularidade e eficácia na prestação do serviço público de fornecimento de água, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça de Orobó, ajuizou ação civil pública contra a Compesa, visando o abastecimento mínimo regular e contínuo de água tratada, inclusive, exigindo o cumprimento do calendário de racionamento divulgado pela própria companhia. Diariamente, as reclamações são constantes na imprensa e redes sociais.

 

Na ação, a promotoria local também solicitou “que seja determinado a Compesa que apresente ao Poder Judiciário de Orobó, mensalmente e pelo prazo de 24 meses, dois relatórios: um sobre fornecimento de água com os respectivos cumprimentos do calendário de abastecimento; e o outro sobre análises da água, a serem realizados em diversas partes do sistema de abastecimento do município”. A ação foi assinada pelo promotor Tiago Meira e ajuizada na Vara Única da Comarca de Orobó.


Segundo reportagem da Assessoria do MPPE, “a Promotoria de Justiça de Orobó apurou que a Compesa divulga um calendário e a população, ao tomar conhecimento deste, se prepara para adequar-se à falta de abastecimento nos dias pré-definidos, mas os dias divulgados não são obedecidos e, na maioria das vezes, a quantidade de dias sem água é muito superior aqueles divulgados em seu calendário”.


Ainda segundo a assessoria, “para o MPPE, o problema do abastecimento irregular não se restringe a falta d'água devido à seca, mas o descumprimento do calendário informado pela própria Compesa, quando inúmeras situações de desabastecimento podem ser facilmente solucionadas com medidas como a desobstrução de rede, substituição de ramal, distribuidor de água ou mesmo a realização de obras, ou seja, a manutenção da infraestrutura destinada à prestação do serviço”.