Um grupo criminoso que fraudava
concessão de aposentadorias por idade e pensão por morte para segurados rurais
foi alvo, nesta terça-feira (22), da operação Déjà Vu, da Força-Tarefa
Previdenciária em Pernambuco. Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados
de busca e apreensão na cidade de Bom Jardim (PE). A Justiça Federal no estado
também determinou a suspensão da aposentadoria de uma servidora, que já havia
sido alvo de outra Operação (Tabocas), deflagrada no dia 26 de maio de 2018. As investigações tiveram início em
2016 e identificaram irregularidades em declarações de atividade rural, como a
utilização de documentos falsos e a inserção de dados em sistema atestando
indevidamente a qualidade de trabalhador rural – segurado especial.
Segundo a Coordenação Geral de
Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), da Secretária Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, estima-se um prejuízo
aproximado de R$ 600 mil. Com a deflagração desta operação, a economia gerada é
de pelo menos R$ 1,9 milhão, em valores que seriam pagos futuramente aos
supostos beneficiários, considerando a expectativa de vida média da população
brasileira segundo IBGE. A operação contou com a participação
de 17 policiais federais e um servidor da CGINT. A operação recebeu o nome de
Déjà Vu, considerando o significado do termo que nos remete a sensação de já
ter visto o fato acontecer anteriormente, no caso específico, fraudes
praticadas com o mesmo modus operandi.
Esclarecimento - Em nota, a diretoria
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares
de Bom Jardim informou que realmente recebeu a equipe da Polícia Federal com
mandado de busca e apreensão de possível material que pudesse ajudar no
esclarecimento de processo criminal ajuizada em gestão passada. O documento
ainda informa que a visita da Polícia Federal ao Sindicato foi uma continuação
do processo de anos anteriores.