Coluna do Sábado | Quem abrirá mão dos recursos do fundo eleitoral?


O assunto "novas regras para o uso do fundo eleitoral" tem sido bastante comentado nos corredores do Congresso Nacional. A proposta aumenta o valor a ser repassado para os partidos políticos, autoriza a contratação de advogados e contadores, reduz o valor a ser bloqueado pela Justiça Eleitoral para o acerto de multas e libera o uso desse dinheiro para o pagamento de sanções, juros, compra ou aluguel de imóveis e de impulsionamento de conteúdo na internet, além da propaganda eleitoral gratuita e ampliação do prazo para regularização das contas.

Contrários ao projeto afirmam que parte do dinheiro público deixará de atender setores essenciais para pagar despesas dos partidos políticos. O senador Alessandro Vieira (Cidadania - SE), por exemplo, tem antecipado voto contrário. Para o parlamentar, o projeto reduz a transparência partidária, desvia recursos que poderiam ser aplicados em obras, segurança, saúde e educação. O senador ainda deixa entender que o dinheiro para o bem público seria utilizado para reforçar o fundo partidário, inclusive, permitindo gastos acima do teto e favorecendo a eventual lavagem de dinheiro.

Mas há quem defenda. É o caso do relator Weverton (PDT - MA). Ele nega aumento dos recursos e afirma que os senadores contrários deverão pedir aos seus partidos que abram mão dos recursos do fundo eleitoral. "O partido que não quiser utilizar o fundo eleitoral, ele pode abrir mão junto ao TSE comunicando que não vai utilizar. Esse dinheiro não vai para partido nenhum, no final ele volta para União. Então, os partidos que são contra ou que estão obstruindo poderiam, dando um exemplo para o Brasil, abrir mão no seu Fundo Eleitoral", comentou o maranhense.

A proposta foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e voltará ao plenário do Senado. Para valer nas eleições do ano que vem, o projeto precisa ser aprovado e sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), até o início de outubro. Agora é aguardar o andamento do projeto e as novidades para as eleições municipais de 2020. Há quem afirme que o aumento do valor que será repassado aos partidos foi um aceno do próprio presidente, principalmente, para o centrão.

Em campo – O governador em exercício, deputado Eriberto Medeiros (PP), tem circulado pelo Estado no cumprimento de intensa agenda. Ele preside a Assembleia Legislativa, mas com as ausências de Paulo Câmara (PSB) e Luciana Santos (PCdoB), o parlamentar assumiu a principal cadeira do Palácio do Campo das Princesas. O progressista tem aproveitado todos os momentos para fortalecer o seu nome como liderança de “ponta a ponta”. Hoje, Medeiros participa de uma ação de cidadania, no Recife. Amanhã, visita o município de Aliança para participar da Festa de Nossa Senhora das Dores.

Pré-candidatura – Médico há 22 anos e vereador por dois mandatos em João Alfredo, André Xavier (PSD) está de malas prontas para ingressar no PT. Há mais de um ano fora do grupo da situação, ele disse durante entrevista concedida à Rádio Jornal Limoeiro, que para o próximo ano o plano é encabeçar uma chapa majoritária. Indagado sobre a possibilidade de ocupar uma vice, o médico foi objetivo: “Time que não disputa não tem torcida”. André revelou que vem mantendo diálogo com vários partidos e que a proposta é debater o município, tendo o orçamento participativo como principal proposta de campanha.

Rejeitado – A prestação de contas do ex-prefeito de Lagoa de Itaenga, Larmartine Mendes (PTB) – referente ao exercício 2015 – foi rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Déficit de execução orçamentária com realização de despesa em volume superior a arrecadação, falhas na elaboração de demonstrativos contábeis e despesas com pessoal acima do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (54%) foram alguns dos motivos. Os auditores também verificaram que o então gestor deixou de recolher mais de R$ 2 milhões para Previdência Social.

Rapidinhas

Retorno – O vereador Tota Barreto (PSB) retornará às reuniões da Câmara Municipal de Carpina. Uma determinação judicial revogou o afastamento do parlamentar do cargo. Barreto estava proibido de frequentar as reuniões e acessar repartições públicas.

Mudança – A prefeita de Lagoa do Carro, Judite Botafogo (PSDB), nomeou Edvane Moraes para o cargo de secretária de Assistência Social. Ela ocupa o lugar deixado pela exonerada Dieneres Amorim. Nos bastidores, a mudança teria motivação política.

O povo quer saber – Padre Valentim aceitará o convite para se filiar ao PT de Bom Jardim?