Coluna da Terça | Senado debate foro privilegiado "facultativo"


A ideia do senador Eduardo Girão (Podemos - CE) de garantir a autoridades possibilidade de abrir mão do foro privilegiado ainda está em fase inicial, mas tem gerado comentários e dividido opiniões nos corredores do Senado Federal. Segundo informações da Rádio Senado, um levantamento da Consultoria Legislativa da Casa, realizado em 2018, estimou que mais de 54 mil autoridades tivesse direito ao foro no País. Dentre os cargos estão o presidente e o vice-presidente da República, senadores e deputados federais, além de comandantes das Forças Armadas.

E quem abriria mão deste recurso, ou melhor, "escudo"? A pergunta encaixa-se ainda melhor para políticos que teimam em desviar condutas e outras coisas mais. A Legislação diz que o foro por prerrogativa de função, também chamado de "foro privilegiado", determina que ocupantes de determinados cargos sejam julgados por instâncias específicas do Poder Judiciário, com o objetivo de proteger a atividade do cargo público. Para muitos brasileiros, isto é "tapa de luva" no rosto da sociedade. Muitos detentores de cargos se abraçam com o foro e batem o pé quando alguém sugere colocar um “ponto final”.

Para o autor da proposta, o objetivo do foro privilegiado foi deturpado nos últimos anos, permitindo que crimes comuns deixassem de ser punidos. Com isso, ele apresentou emenda à constituição para tornar possível a renúncia ao foro por prerrogativa de função, visando equilibrar a existência do mecanismo com o combate à corrupção e aos privilégios. Assim, a autoridade que desejar poderá abrir mão do foro privilegiado, o que hoje é vetado pela legislação. A proposta dele contou com a assinatura de 29 senadores. A pauta está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e aguarda a designação de um relator. Para finalizar, pergunto: "Quem se antecipará para declarar voto favorável? É aguardar!

Bom Jardim – Simpatizantes e correligionários do pré-candidato a prefeito Miguel Barbosa (PP) ficaram animados com a visita do governador em exercício e presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), Eriberto Medeiros (PP). O parlamentar esteve na casa de Miguel para conversar sobre demandas de toyoteiros da região, mas o assunto política não faltou. Nome do PP para disputar a cadeira de prefeito da Terra do Granito, Miguel começou a circular pelas comunidades e a criticar a atual gestão. A atenção do presidente da ALEPE foi uma injeção de ânimo no jovem.

Unidade – O governador Paulo Câmara (PSB) se reuniu, ontem, com os demais governadores nordestinos, no Rio Grande do Norte. No encontro, promovido pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Nordeste, foram discutidos pontos que possibilitem o crescimento da região, com o comprometimento do bloco com a promoção de um desenvolvimento sustentável e a realização de cada vez mais investimentos em energias renováveis. E, com o primeiro edital finalizado, o colegiado reforça a sua competitividade e aponta para uma economia mais sólida para os cofres públicos.

Negou – Ontem, em entrevista ao programa Roda Viva, o ex-presidente Michel Temer (MDB) negou articulação no impeachment de Dilma Roussef (PT), de quem era o vice. Mesmo sendo chamado de "golspita" por vários segmentos da política e da sociedade, ele reiterou por várias vezes que não apoiou e nem se empenhou pela abertura do processo. Temer chegou a afirmar que nunca imaginou chegar ao maior cargo político do país daquela forma. Ao final, o emedebista deixou transparecer que faltou mais diálogo entre Dilma e o Congresso.

Rapidinhas

Pianinho – O vice-prefeito de Limoeiro, Marcelo Motta (PSB), se mantém vivo na política. Como? Sem alarde, tem circulado os quatro cantos do município. Uma fonte revelou ao blog que há acenos entre ele e o deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos).

Rasgou o verbo – O prefeito de Carpina, Botafogo (PDT), chamou o deputado Fernando Monteiro (PP) de ingrato. "Ele não veio nem agradecer os votos", criticou Botafogo. O gestor ainda disse que está sem compromisso com deputados federal e estadual.

O povo quer saber – João Campos abandonará o cargo de deputado alcançado com mais de 400 mil votos?