É incalculável a quantidade de
postagens nas redes sociais contra os vereadores que votaram pela rejeição da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigaria os contratos de
locações de veículos entre a prefeitura de Limoeiro e a empresa Nunes &
Nunes. Até o momento a nossa reportagem não registrou nenhum elogio. A comissão
ainda investigaria as contratações de combustíveis. A votação ocorreu na última
terça (4) e foram registrados apenas 7 votos favoráveis pela instalação da CPI.
Para a resolução ser aprovada precisaria da maioria absoluta: 8 votos.
Atualmente, a Câmara de Limoeiro conta com 15 representantes.
Votaram contra: Batalha dos Mendes
(PSB), Bau da Capoeira (PTB), Jairo do Cedro (PSB) e Zózimo Albuquerque (PRB).
O vereador Beto de Washington (PROS) se absteve de votar, enquanto Ciciu de
Salobro (PP) e Zélia de Ribeiro do Mel (Podemos) não compareceram. Esses estão
sendo bombardeados e chamados de “traidores”. Uma imagem com as fotos deles
está circulando em grupos de Whatsapp e Facebook. “Como alguém é eleito para
fiscalizar e vota contra uma fiscalização?” Essa tem sido a pergunta mais comum
entre os limoeirenses. “Quem não deve, não teme” também tem sido uma das
afirmativas mais frequentes nas postagens.
Os vereadores contrários e, por
tabela, os que faltaram sem justificativa apresentada pela mesa diretora no dia
da votação, estão amargando as críticas. Eles livraram a gestão municipal da
fiscalização, mas não saíram da mira das críticas da população. Absolveram, aos olhos da
sociedade, qualquer possibilidade de irregularidade nos contratos de locações
de veículos e abastecimento. O fato mais curioso é que dias antes todos os vereadores haviam votado favoráveis pelo requerimento coletivo que pedia a abertura da CPI. Faltando pouco menos de dois anos para as
eleições, muitos internautas iniciaram campanhas contrárias as possíveis candidaturas deles à reeleição em 2020.