Um possível esquema de fraude no Instituto
de Previdência dos Servidores de Orobó está sendo alvo de investigação da
Polícia Civil em parceria com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por
meio da Promotoria de Orobó. A “Operação Anticorrupção” foi desencadeada na
manhã desta quarta-feira (07 e, segundo as investigações, os desvios na
previdência oroboense podem passar dos R$ 2,5 milhões. O juiz da Vara Única da
Comarca de Orobó emitiu seis mandados de prisão e outros seis de busca e
apreensão, todos cumpridos.
Entre os presos está o então presidente
do IPEO, Gustavo Silva. No início da investigação, ele pediu exoneração do
cargo. A esposa dele também foi presa. A polícia identificou créditos no valor
de R$ 300 mil – oriundos dos cofres do Instituto – na conta bancária dela.
Segundo a Polícia Civil, entre os presos tem pessoas com menos de 40 anos, sem
vínculo com o município, e que já estariam aposentadas com salários de
aproximadamente R$ 20 mil.
De acordo com o delegado responsável pela
operação, Paulo Gondim, a investigação teve início em agosto desse ano e conta
com a parceria do promotor Rodrigo Altobello. Em entrevista à Rádio
Jornal Limoeiro, o delegado informou que os crimes praticados foram de corrupção
passiva, formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O trabalho contou
com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel).
Nenhum secretário municipal falou
sobre o caso. A nossa reportagem buscou ouvir o prefeito de Orobó, Cléber
Chaparral (PSD), mas a assessoria dele informou que o gestor estaria em
Brasília (DF), resolvendo questões administrativas do município. Um integrante
da assessoria disse que o chefe do Executivo quando retornar ao Estado deverá
marcar uma entrevista coletiva para falar sobre a operação. (Imagem | Polícia Civil | Divulgação)