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Aquela “conversa” de que uma eleição
começa quando a outra termina não foge a regra na política de Limoeiro.
Definido o cenário estadual, as articulações a médio prazo começaram de olho
nas eleições municipais de 2020. A turbulência vivida pela gestão do prefeito
João Luís (PSB), que desde o primeiro mês não conseguiu emplacar estabilidade e
vive mergulhada em projetos que se tornaram polêmicos (gerando insatisfação em
parcela da sociedade), tem oportunizado o surgimento de uma terceira via,
inclusive, com amplo aceno da classe empresarial. Seria o momento de um
candidato sem viés político? Essa tem sido uma pergunta muito comum.
Em 2012 o cavalo passou quase selado para
um grupo de empresários e a oportunidade ficava para depois. Outro fator que
fortalece a possível terceira via é o declínio do grupo do deputado federal Ricardo
Teobaldo (Podemos) nas urnas. O resultado da eleição municipal de 2016 ainda é
lembrado com melancolia, somado a grande redução de votos do próprio deputado
na eleição deste ano, sem falar na inexpressiva votação do irmão dele, o
deputado estadual José Humberto (PTB), que não conseguiu a reeleição. A título
de informação: dos 9 vereadores eleitos no palanque do grupo de Teobaldo na
última eleição municipal, apenas 3 permanecem.
Mas quem seria o nome dessa terceira
via. Com sonho declarado, o empresário Wellington Vasconcelos (PSB) não perdeu
tempo e assumiu, mesmo que indiretamente, o posto de pré-candidato. Recentemente,
ele deixou o cargo de secretário executivo de Indústria e Comércio, tornando-se
ainda mais independente do ponto de vista político. Mesmo assim, ele diz que
não teve rompimento com o prefeito, mas ao mesmo tempo afirma que Limoeiro
precisa de renovação. Já arriscam nas conversas de porta de loja uma futura
chapa: Wellington Vasconcelos e Neto Nicolau (da Casa Primor), este último
sempre que perguntado diz que continua focado nos negócios da família. Mas uma
fonte nos revelou que amigos do comércio o pressionam “indiretamente”.
Nesse cenário, o nome do ex-vereador
Zé Nilton (Avante) também aparece com força popular. Com mais de 3 mil votos
para deputado estadual diante de uma reduzida estrutura de campanha, Zé não esconde para ninguém que é
pré-candidato a prefeito em 2020. Ele não mudou o estilo e segue com prestação
de serviço mesmo sem mandato. E no meio disso tudo, o nome do atual vice-prefeito
Marcelo Motta (PSB) é mais um citado como possível candidato. Motta adotou um silêncio
estratégico nos últimos meses. Manteve-se no PSB, foi fiel, coordenou a
campanha vitoriosa de João Campos (PSB) para federal, tem a “benção” do
socialista Nilton Mota e não vem sendo atingido pelas críticas contra a gestão
do prefeito. Intimamente, deve saber o melhor momento para tomar uma decisão.