O domingo de Carnaval foi do “Cortejo
da Cultura Popular” no município de João Alfredo. Diversos grupos folclóricos
locais, caboclinhos, maracatus e boi bumbá passaram pelo Quartel General do
Frevo, instalado na Rua Coronel José Ferreira, no Centro. Na programação nomes
como Banda Curica de Goiana, Tribo de Bonecos de Seu Malaquias, Maracatu
Estrela de Ouro de Aliança, Caboclinhos Sete Fechas, Clube Carnavalesco Cariri
e Caboclinho Canindé de Olinda. Além das agremiações, diversos blocos
desfilaram pelas ruas da cidade, entre eles, o tradicional Bloco Zé Pereira. Este
ano, Beto Justino, fundador do Bacalhau do Beto, e os blocos são os
homenageados.
A prefeita Maria Sebastiana
acompanhou as manifestações ladeada do vice-prefeito Zeca Falcão, do presidente
da Câmara Municipal de João Alfredo, David Santos, além de vereadores e
secretários municipais. A manhã do domingo ainda reservou espaço para uma homenagem
ao Clube de Caboclinhos do Sítio Lagoa Nova. Criado pelo carnavalesco “Raimundo
Lagartixa”, a agremiação se transformou ao longo das décadas em uma das tradicionais
do carnaval joãoalfredense. Com a morte do criador, as filhas não deixaram a
história acabar. Netos dele também vão garantir as futuras gerações de
caboclinhos. Um troféu de honra ao mérito simbolizou a importância do clube
para a cultural local.
“Nossas festas são culturais. Não
podemos deixar a tradição morrer. Por isso, nos esforçamos para fazer um grande
carnaval, principalmente, valorizando a cultura popular e os blocos, que também
fazem essa festa ficar ainda mais animada”, comemorou a prefeita. Zeca Falcão
lembrou a dificuldade financeira que os municípios enfrentam e classificou como
corajosa a atitude da gestora. “Todos sabem os apertos que passam as
prefeituras, mas com cautela e organização, a prefeita conseguiu montar um
grande carnaval”, pontuou. O presidente do Legislativo também comemorou o
resultado que vem alcançado a folia de momo. “João Alfredo tem um dos maiores
carnavais do interior, a prefeita nasceu e viveu na zona rural, então ela sabe
a importância dessa cultura popular”, reforçou.
O homenageado Beto Justino (esquerda) se
emocionou durante entrevista. Ele disse que ser lembrado em vida tem um sabor
especial. “Tenho certeza que esse bloco criado há 35 anos não vai morrer. As
futuras gerações vão manter esse patrimônio vivo. Em relação à homenagem que
recebo dando nome ao carnaval, digo que me deixa feliz demais”, agradeceu. Ele
também avisou que o bacalhau já está pronto e recheado para desfilar na
quarta-feira de cinzas pelas ruas da cidade.