Elizabete Oliveira (primeira à esquerda) ladeada pela diretora da GERES e pelos secretários de João Alfredo, Passira e Paudalho |
A médica Elizabete Oliveira não é mais
de fato a diretora do Hospital Regional José Fernandes Salsa (HRJFS) de
Limoeiro. A notícia foi dada pelo presidente do Conselho de Secretarias
Municipais de Saúde de Pernambuco (COSEMS PE), Orlando Jorge. Durante
entrevista concedida à Rádio Jornal Limoeiro, ele disse que
a diretora entregou o cargo. “Mostrei a matéria do Blog do Agreste na Secretaria
Executiva de Saúde sobre a mobilização das câmaras de vereadores para buscar
melhorias para o Regional, quando recebi a notícia de que Elizabete entregou o
cargo”, disse Orlando.
O presidente do COSEMS, que também atua
como secretário de Saúde de Paudalho, lembrou que a diretora vinha enfrentando
dificuldades do ponto de vista administrativo. “O tesoureiro foi exonerado em
dezembro e até o momento não foi nomeado para a nova gestão. Vejo que forças
ocultas ligadas ao governo estariam exigindo que ele (Augusto José) não fosse
nomeado. Isso é uma política antiga e que não constrói. A diretora estava de
mãos atadas, falta tudo no hospital, se não fossem as articulações dela com os
secretários de saúde, a situação seria pior”, comentou Jorge. “Nunca esse
hospital abriu as portas de forma técnica para os municípios como na gestão
dela”, completou.
O secretário paudalhense também
avaliou que a diretora fez um “trabalho brilhante junto às categorias, do
maqueiro ao médico”. Para Orlando, a “politicagem atrapalhou um trabalho que
vinha sendo reconhecido pela população, com ações que estavam beneficiando as
pessoas mais carentes da região”. Ele também contou que soube na Secretaria Executiva
de Saúde, que Elizabete Oliveira teria informado a entrega do cargo servidora responsável
pela regionalização dos hospitais estaduais. A médica, segundo informações coletadas
por Orlando, não teria comunicado a entrega do cargo diretamente ao secretário
executivo e nem ao secretário geral da pasta, André Longo.
Indagado sobre futuros nomes para o
cargo, o presidente do COSEMS disse desconhecer. “Soube na secretaria executiva
que ainda não há indicação nenhuma para o cargo”, disse Jorge. Ele encerrou a
entrevista lamentando: “Finalizo dizendo que é política rasteira e de pequinês.
Quem perde é a região”.