A nova era do forró das antigas: o passado vive, o presente emociona e o futuro é nordestino

O Nordeste vive um momento mágico: uma nova onda de forró romântico, com alma, poesia e identidade, está tomando conta dos palcos, rádios e playlists. É a volta triunfante do forró das antigas, não como algo ultrapassado, mas como a base de uma cultura viva, forte e cheia de emoção. Wesley Safadão, um dos maiores nomes da música atual, deu o tom dessa nova fase ao lançar um repertório que homenageia os clássicos do forró. Uma atitude que não só surpreendeu o público, como engrandeceu a cultura nordestina, mostrando que as raízes são tão importantes quanto os grandes hits modernos. 

Ele resgatou o romantismo, a melodia sofrida e a simplicidade que tanto marcaram a nossa história musical. Ao lado dele, lendas eternas seguem firmes e ainda mais amadas. A Banda Magníficos voltou aos grandes palcos com sua força de sempre, emocionando com músicas que atravessam gerações. Já a Limão com Mel segue firme, gravando o segundo DVD dessa nova fase, mantendo viva a essência do amor cantado com sanfona e coração. A Calcinha Preta, por sua vez, reafirma seu reinado na sofrência, sempre atual e apaixonante.

Mas, o mais bonito é ver que novas bandas estão surgindo com a mesma entrega, a mesma essência e com sede de representar essa tradição. É o caso da Forró Famoso, que tem emocionado multidões com repertórios autorais e clássicos recriados com respeito. Tem também a ousadia do Gato de Tênis, que traz uma pegada moderna, sem perder a alma do forró raiz. O Forró Feijão com Arroz também se destaca por valorizar os grandes sucessos dos anos 90 e 2000 com uma pegada original e nostálgica. E a Forró Kitém, com seu nome certeiro, mostra que quando o assunto é forró de verdade, tem qualidade, tem presença, tem paixão e tem futuro.

Essas bandas, junto com os nomes consagrados, formam um verdadeiro movimento de resistência cultural. É a música que conta histórias, fala de saudade, de amor que parte e volta, de reencontros na beira do palco ou no salão lotado. É o retrato de um povo forte, que transforma dor em dança, lágrima em canto, e saudade em festa. Mais do que uma moda ou um revival, a volta do forró das antigas e o surgimento dessas novas marcas é a prova de que o Nordeste segue contando sua história com sanfona, coração e identidade.

E quem acha que é só passado, se engana. Porque o forró, meu amor, não volta. Ele permanece.