"Vermelho de Luta, Branco de Paz": um "mergulho" na história do Náutico


Já imaginou transformar o amor pelo seu clube do coração e pelo jornalismo em um livro-reportagem? Assim fez o jornalista Luís Francisco Prates, "torcedor de carteirinha" do Clube Náutico Capibaribe. Recentemente, ele lançou a obra intitulada "Vermelho de Luta, Branco de Paz no município de Limoeiro, cidade onde reside e trabalha. Prates é recifense, mas declarado "limoeirense de coração".


O livro, que antes foi projeto experimental para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de Jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), mescla gerações que ultrapassam um centenário, contudo, todas com o mesmo o mesmo sentimento traduzido no hino: "Da união de duas cores mágicas, nasceu a força e a raça: Vermelho de luta, branco de paz, quem olha não esquece jamais". 


O jornalista concedeu uma entrevista à reportagem do Blog do Agreste e falou sobre a ideia de lançar o livro, os detalhes da pesquisa, as expectativas pós-lançamento e a colaboração, além das arquibancadas, para o futebol . Confira abaixo:


Blog do Agreste - De quê forma você resume o livro?

Luís Prates - Meu livro-reportagem conta a história do Clube Náutico Capibaribe no período de 1901, ano da fundação, a 2017, ano em que apresentei a obra como projeto experimental para o Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Já existem diversos livros sobre a trajetória do Náutico nos gramados, mas o meu trabalho foi produzido em um formato diferenciado, mais humanizado, no qual torcedores, dirigentes e ex-jogadores contam a história do clube. Trata-se de um livro-reportagem porque resgato reportagens de jornais do século passado e do início deste século e uno essas produções a reportagens de minha autoria.


BA - Como surgiu a ideia de lançar?

LP - Desde a época da produção do TCC, eu tinha a intenção de transformar o trabalho acadêmico em um livro físico. A ideia de escrever sobre o Náutico surgiu a partir de uma conversa com o professor Juliano Domingues, que é torcedor do Náutico e foi um dos entrevistados do livro. Coincidentemente, a orientadora do meu TCC, a professora Adriana Dória, também é alvirrubra.


BA - Após o lançamento, o que você espera/deseja que aconteça?

LP - Espero que os apaixonados por futebol, sejam eles torcedores do Clube Náutico Capibaribe ou de outros clubes, conheçam mais detalhes da história do Timba e do futebol em geral. Em cada capítulo do livro, eu relaciono os momentos do Náutico aos contextos em que o esporte, o país e o planeta viviam em determinadas épocas.


BA - Como o livro pode contribuir para o futebol e para o clube?

LP - O livro pode ajudar as pessoas a refletirem como o futebol se tornou o esporte mais popular do mundo e como ele pode melhorar em aspectos como o âmbito técnico, a necessidade do profissionalismo, a relação do esporte com os torcedores e o estreitamento de laços com a sociedade. O Náutico, um dos maiores clubes de Pernambuco e do Nordeste e um dos mais tradicionais clubes do Brasil, é parte essencial desse processo. Ao mesmo tempo que o futebol precisa ser profissional, a modalidade não pode se afastar do povo, pois os maiores patrimônios dos clubes são as suas torcidas.