Como é bom legislar em causa própria.
E assim, os deputados estaduais votam, hoje, em sessão extraordinária, os
polêmicos projetos que criam auxílios-saúde, alimentação e moradia para eles
mesmos. Os novos benefícios vão gerar gasto extra que ultrapassa R$ 12 mil por
cada um dos 49 parlamentares. Isso representa mais de R$ 600 mil por mês e
ultrapassa a casa dos R$ 7 milhões por ano. E sabe quem paga todas essas
regalias? Isso mesmo: o cidadão pernambucano.
Para indignar ainda mais a sociedade,
as propostas foram apresentadas dez dias depois de terem aumentado os próprios
salários em mais de R$ 4 mil, atualizando para R$ 29.469,99 em 2023. Escalonado
até 2025, chegará a quase R$ 35 mil. Com remunerações bem acima da média da
maioria dos trabalhadores, eles deviam entender que, apesar de não existir
ilegalidade, isso é imoral. E o pior: todos silenciam, quando deveriam gritar
em defesa da moralidade e do zelo com o dinheiro público.
E tem mais, leitor. A sessão,
convocada como extraordinária, tem em vista o período de recesso, será
realizado por meio remoto. Mas não haverá transmissão ao vivo pelo canal da TV
Alepe, porque a direção da casa legislativa alega problemas técnicos. Coincidência
ou não, a mesma justificativa dada para o dia da votação dos projetos que
aumentaram os salários deles, da governadora, da vice-governadora e dos
secretários estaduais. Transparência zero!
Gravatá – O prefeito Joselito Gomes (PSB) recebeu, ontem, vereadores da base e representantes dos marchantes para debater sobre o futuro do abatedouro público. Ainda não existe definição, mas as possibilidades são terceirização ou cessão. Do jeito que funciona atualmente não pode ficar. O gestor tem buscado diálogo com quem mais interessa. Isso é importante. Mas deu um prazo para decidir. Que não seja longo, pois existem problemas que não podem ser “empurrados com a barriga”.
Machados – O empresário
Gustavo Plácido, irmão do ex-prefeito Cido, tem distribuído calendários com a
foto dele nas casas e lojas da cidade. Gustavo tem o nome lembrado para
disputar a prefeitura em 24, mas mantém discrição sobre o assunto. Caso queira
mesmo ser candidato, precisa entregar pessoalmente, como fez a vereadora do Bom
Jardim, Jêssica de Janjão (PSC), pré-candidata pela terceira via. Plácido
precisa entrar na dança e não apenas ficar no ensaio.
Limoeiro – O colunista
obteve, em primeira mão, a informação de que o grupo do deputado estadual Henrique
Filho (PP) começou a planejar uma candidatura a prefeito. Um empresário foi
convidado para encabeçar o projeto, mas ainda resiste. E como citei dias atrás,
também iniciaram a operação “Junta Todos”. Inclusive, caso queira, o
ex-vice-prefeito Marcelo Motta (Avante) terá espaço para compor. Possivelmente,
o telefone dele vai tocar nos próximos dias. Se não já tocou!
Rápidas
Voltou – O ex-governador
Paulo Câmara (PSB) retornou ao cargo de auditor de controle externo do Tribunal
de Contas do Estado. Ele é servidor de carreira do órgão. As apostas de que socialista
será convidado para compor o governo Lula continuam.
Eles também – Os
ex-secretários estaduais Geraldo Júlio (Desenvolvimento Econômico) e José Neto
(Casa Civil) também retomaram as funções no TCE. As portarias foram publicadas,
ontem, no Diário Oficial, com efeito retroativo a primeiro de janeiro.