Os atos de violência e vandalismo
registrados ontem contra as sedes dos três poderes nacionais inflamam ainda
mais um clima de divisão que nos últimos anos se instalou no país. Mas não é simplesmente
divisão de pensamento, é divisão de ódio. Contraditório, alguns falam em amor à
pátria. Mas amar o país é agir dessa forma? É destruindo o patrimônio público? Esse
cenário de guerra deixado pelos manifestantes mudará o quê? Não há divergência
ideológica que justifique.
O pedido de intervenção militar por
não aceitar o resultado da eleição vai de encontro ao sistema democrático e
comprova que nem todos sabem lidar com os resultados contrários. Além disso,
não existe nenhum embasamento jurídico. Vale lembrar que protestar é salutar e
democrático, mas sempre dentro dos limites da sensatez e da razoabilidade. Que
o fato negativo seja o ponto de largada para urgente processo de
ressocialização fora das grades.
Resposta – O
presidente Lula (PT) decretou intervenção federal no setor de segurança do
Distrito Federal (DF) durante o mês de janeiro. Com isso, a União comandará as
ações no tocante ao policiamento no território da capital federal. Ao mesmo
tempo, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), determinou a exoneração do
secretário de Segura Pública, Anderson Torres. Mas, o presidente do STF, Alexandre
de Morais, determinou o afastamento do governador por 90 dias.
Silenciou – Deputada
federal diplomada, Clarissa Tércio (PP) postou um vídeo da invasão ao Congresso
Nacional e, na legenda, escreveu apenas: “Brasília hoje, oremos pelo nosso
Brasil”. A fala deixou interrogação, pois não mostrou opinião sobre os atos de
vandalismo. Tércio é uma das maiores oposicionistas ao governo Lula e defensora
declarada do ex-presidente Bolsonaro. Seguidores perguntaram se ela concordava
com as invasões e destruições, mas Clarissa não respondeu. Silenciou!
Fora de Ritmo – Sem conseguir emplacar uma marca na gestão, o prefeito de Machados, Juarez Rodrigues (Avante), caminha para disputar a reeleição longe do favoritismo que seria normal se estivesse “surfando” em bons resultados. São dois anos de uma sucessão de oito como vice, portanto, justificativa de pouco tempo não cola. Por falar em resultados, com a máquina na mão e com a maioria dos vereadores, a votação que conseguiu para seus candidatos em 22 acendeu o alerta geral.
Rápidas
Repercussão –
Centenas de políticos, com e sem cargo, apresentaram manifestações de repúdio
aos atos de vandalismo praticados no Distrito Federal. Representantes de vários
instituições, partidos e organizações também foram contrários. O país não
aceita e pede punição.
Negou – O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que as depredações e invasões contra
STF, Congresso e Planalto fogem à regra e os comparou com atos praticados pela
esquerda em 2013 e 2017. Ainda repudiou as acusações feitas por Lula (PT) de
que ele teria incentivado.
O povo quer saber – Qual será a reação do governador do DF afastado do cargo pelo
presidente do STF.