Coluna Política | A governabilidade tem um preço


É sempre comum no início de qualquer governo, seja federal, estadual ou municipal, a frequência da palavra governabilidade. Durante a gestão, principalmente nos momentos de crise, a citação também é lembrada. Mas o que seria governabilidade? Tecnicamente, seriam as condições necessárias para que o gestor consiga tocar a administração. Isso leva em conta a forma e o sistema de governo, as relações entre os poderes, o sistema partidário e o equilíbrio entre as forças de oposição e situação.


Porém, na prática, a governabilidade tem um preço. E é alto. Na política brasileira, tornou-se, na grande maioria, o chamado “toma lá, dá cá”. Você abre a máquina para que os espaços (cargos) sejam ocupados por políticos ou indicações partidárias, visando distribuir as "fatias do bolo". Por tabela, você enfraquece as falas e ações adversárias, em muitos casos, aniquilando a oposição. Num estado democrático, isso não é saudável, pois quem paga esse preço é a população pela falta de representatividade.


Importante citar no tom ponderado que a participação de grupos e partidos aliados é fundamental e necessária em qualquer governo, pois ali estão os que acreditaram no projeto, vestiram a camisa e foram às ruas convencer o eleitor. Eles fazem parte do processo. E merecem. Mas tudo na vida tem limites. Hoje, o que estamos vendo são interesses apenas na pasta e nos cargos comissionados que vão “mandar”. A prioridade de um governo técnico e eficiente passa longe da pauta deles.

 

Parceria – Como adiantamos em primeira mão, o vereador por Limoeiro, Zé Nilton (PODE), passou a fazer parte do grupo político do deputado estadual diplomado, Cléber Chaparral (UB). Os dois já caminharam juntos, ontem, na procissão de São Sebastião. Na última eleição, Nilton, juntamente com o grupo do prefeito Orlando Jorge (PODE), apoiou a reeleição de Gustavo Gouveia (SD), que, apesar de ter sido majoritário na cidade, vem notadamente perdendo espaço político.

 

Caminhada – Surpreendeu o número de deputados presentes na procissão de encerramento da Festa de São Sebastião de Limoeiro. Todos acompanhados dos seus aliados na cidade, acenando e cumprimentado o público a todo instante. Momentos antes, no leilão de gados, a participação política não foi diferente. Que essa presença não seja apenas nas festas. Que eles possam dar atenção com a destinação de emendas para diversas áreas, afinal, tiveram votos para isso. Inclusive, os faltosos.

 

Votação – Os vereadores de Gravatá votam, amanhã, a prestação de contas do ex-prefeito Joaquim Neto (PSDB), referente ao exercício 2017. Apesar de detectar falhas financeiras e extrapolação da folha de pessoal, o Tribunal de Contas recomendou aprovar com ressalvas, por entender ser o primeiro ano daquela gestão. A expectativa é grande para saber como votarão os parlamentares, os quais podem seguir ou não o parecer do TCE. O resultado pode ser decisivo para o futuro político do tucano.

 

Rápidas

Caneta Azul – Com o presidente Lula (PT) cumprindo agenda na Argentina e no Uruguai, visando estreitar laços políticos e econômicos, o vice, Geraldo Alckmin (PSB), assumiu, ontem, pela primeira vez, a presidência do BR. Com a caneta na mão, ele prometeu honra e lealdade.

 

Paralisadas – Por conta da paralisação de diversas obras no estado, neste início do governo Raquel Lyra (PSDB), os prefeitos preparam uma lista de reivindicações para o encontro regional que ela terá com os gestores por região. Na linguagem política, todos terão que “pedir a benção”.

O povo quer saber - Raquel Lyra (PSDB) distribuirá cargos do Governo de PE para os partidos e políticos que declararam apoio?