A Polícia Civil de Pernambuco
desencadeou, nesta quinta (10), uma operação para investigar a suspeita de um
esquema de "rachadinha" na Câmara Municipal de Ipojuca. Os alvos da
ação, que não tiveram os nomes divulgados, são suspeitos de lavagem de dinheiro
e peculato, que é apropriação de bens públicos para finalidade pessoal. Ao
todo, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e
bloqueio de ativos financeiros.
Segundo a Polícia Civil, eles são
cumpridos em endereços em Ipojuca e em Gravatá. Não foram detalhados quais bens
foram sequestrados e qual o valor dos bloqueios. A investigação que resultou na
operação desta quinta, denominada Compartilhado, começou em setembro de 2020 e
é coordenada pelos delegados Viviane Santa Cruz e Diogo Melo Victor, ambos da primeira
Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
O crime de "rachadinha", ou
desvio de salário de assessor, é uma prática de corrupção caracterizada pelo
repasse de parte dos salários de assessores para político ou secretário a
partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função. Em nota,
a Câmara de Ipojuca afirmou que "coopera e vai cooperar com o que for
preciso para elucidar os fatos" e ressaltou que a investigação começou
antes da atual legislatura, iniciada em 2021, após as eleições municipais de
2020.