Alimento sempre presente na mesa do
trabalhador brasileiro, o ovo de galinha ganhou mais visibilidade nos últimos
anos pelas inúmeras indicações de benefícios que ele faz à saúde. Na hora de
começar um regime, ele sempre é lembrado e listado na dieta, não é?. O ovo, além de
saudável, é mais barato do que dezenas de produtos utilizados pelas famílias na
hora de garantir a “mistura” da refeição. É o famoso “bom e barato”. Opa!
Barato mesmo?
Como reflexo da pandemia, a economia
brasileira vem “cambaleando”, consequentemente, redução de renda e desemprego
para milhões de pessoas. Tudo isso reflete diretamente na lista de compras do
mercado, que precisa ser “enxuta”, isso quando existe, infelizmente. E diante
deste cenário, o ovo voltou a ser destaque. Até porque ele vem sendo a ou uma das
principais alternativas mais em conta num comparativo com outras proteínas
animais, como carnes bovina, suína e de aves.
Mas, a reportagem do Blog
do Agreste observou que o aumento não ficou apenas na procura. Em
Limoeiro, nos últimos três meses, por exemplo, uma bandeja com trinta ovos
que custava R$ 10 passou para R$ 13. Em alguns lugares, registramos a R$ 14. Em média, um aumento de 10% por mês. Quem
não lembra o carro do ovo passando pelas ruas do bairro? “30 trinta ovos por dez
reais”. Seria a lei da procura e da oferta? O povo procurando mais do que a oferta tem gerado o encarecimento?
Não apenas. Há quem pense dessa
forma. Mas a nossa reportagem fez uma pesquisa do setor e obteve como
justificativa a alta nos itens de alimentação das aves. Milho e farelo de soja,
por exemplo, chegaram a registrar elevação entre 65% e 68% num curto espaço de
tempo. Eles acompanham a variação do dólar. Sem falar nos constantes aumentos dos combustíveis, o que gera mais
gastos na logística de distribuição dos ovos. As embalagens ficaram 20% mais caras em relação a 2020. A inflação segue!
É o famoso aumento “por tabela”: ou o produtor repassa o
reajuste das despesas para o revendedor – que por sua vez transfere para o
consumidor final – ou vai trabalhar no “vermelho”. Trabalhando no negativo, a
empresa fecha (no popular, quebra), gerando mais desemprego e pobreza. Ah, tudo
isso sem esquecer da carga tributária “monstruosa” paga pelo cidadão, que em
muitos casos não tem o retorno aplicado devidamente, ou o destino correto. Está ficando difícil até de comprar ovos. É luta, leitor!