A cada nova eleição, a palavra “renovação”
literalmente é renovada. Dentro do contexto, naturalmente surgem novos nomes no
cenário político. Pré-candidatos que serão testados pela primeira vez nas
urnas. Alguns carregam a experiência dos bastidores de uma campanha, enquanto outros atuaram
como cabos eleitorais. O município de Limoeiro não foge à regra. Prova disso é
a notícia da pré-candidatura a vereador de Diego Farias, 29 anos.
Também chamado de Diego "Monsenhor”, ele
tentará uma cadeira na Casa Professor Agripino de Almeida pelo Democratas (DEM),
partido que integra a base política do pré-candidato a prefeito Orlando Jorge
(Podemos). Conhecido pela ativa participação na Paróquia de São Sebastião,
Diego concedeu entrevista ao Blog do Agreste e falou sobre o novo projeto.
Planos, escolha partidária, ligação com a igreja e experiência política fizeram
parte da pauta. Confira abaixo:
BA – O que te levou a despertar o
desejo em disputar uma vaga de vereador?
DF – Diante da necessidade de
renovação no meio político, que hoje é um clamor em todo nosso povo, recebi
diversos pedidos de amigos e pessoas próximas de várias comunidades para que eu
disputasse uma vaga para representá-los na Câmara Legislativa de nossa cidade.
Pessoas que veem meu trabalho à frente das diversas pastorais da igreja e
muito mais conhecem a minha história. É algo novo para mim e não era uma
aspiração, mas como entendo que a vaga legislativa é também uma missão, rendi-me a esses pedidos.
BA – O que te fez escolher este
partido e grupo político?
DF – É um partido que me enche os
olhos pelas figuras políticas que transitaram por ele e que fizeram história,
como: Marcos Maciel, um grande estadista; hoje, Rodrigo Maia, que é presidente
da Câmara; e até o próprio Juarez, que tem trabalho atestado em sua comunidade.
O grupo político que apoio é o de Orlando Jorge, que já atestou sua qualidade à
frente da Saúde de nosso município e até este ano estava batendo um bolão à frente da Saúde de Paudalho. É hora de mudança e precisamos repensar um futuro
novo para o nosso município.
BA – Você sempre teve uma ligação
direta com as atividades religiosas. As pessoas podem o associar à comunidade
católica? Você será o candidato da Igreja?
DF – Eu não conseguiria desassociar a
minha história das atividades que sempre fiz e, por vez ou outra, liderei na
Igreja. Creio que tudo isso me fez ser mais sensível às necessidades mais
graves de nosso povo. Eu visito e conheço muitas comunidades e ambas eu conheci pelos óculos da Igreja. Sempre pude partilhar das dores e necessidades
que eles passam e precisam. Sobre ser o “candidato da igreja”, não vejo dessa
forma, de modo que tenho vários irmãos da Igreja que também são pré-candidatos,
mas vejo que venho para reforçar e fazer a diferença como Católico. É minha
obrigação e missão.
BA – Qual a tua experiência política
para entrar num pleito como candidato?
DF – Para mim, a política não se
resume só em um mandato político, de modo que, na política partidária ainda me
sinto uma criança. Mas, na política como, a ciência do bem comum é necessário,
creio eu, mais do que experiência, é necessário honestidade, compromisso e, sobretudo,
respeito pelo povo que deposita em nós sua confiança. Sabendo de todos os
desafios que terei pela frente, espero ter somente a fé e a coragem necessárias para enfrentá-los em favor do bem de nossa cidade.
BA – Falam muito em renovação
política. Você considera-se renovação? O que seria renovar politicamente?
DF – Preocupo-me muito em não ser
comparado a uma novidade, quero, de fato, ser uma renovação, pois novidades
passam e eu quero deixar de fato minha marca. Renovação tem sido uma palavra
muito dita e usada no meio político, porém, tem caído na banalidade diante do
que tem sido apresentado pelas más práticas políticas que vemos todos os dias
em nossos jornais. Renovar, para mim, vai além de trocar nomes, é necessário que
nossa Câmara Legislativa seja comprometida com o bem comum de nosso povo, que
lute pelas conquistas que nossa gente tanto precisa. Limoeiro está deixando de
ser o berço de nossa gente pela falta de oportunidades, nossos jovens precisam
de trabalho. Falta saneamento, falta calçamento e tantas coisas essenciais. Ser
renovação é fazer com que as pessoas sintam-se representadas e essa será a
minha bandeira.