Apesar de integrar a base do governador
Paulo Câmara (PSB), o Partido Progressista (PP) tem mostrado elevada
independência política nos municípios pernambucanos, não sendo diferente na
Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE). O recado tem sido dado de forma
simples e objetiva: a gestão estadual precisa mais do PP do que o partido do
governo. Sem perder o clima da “boa vizinhança”, o deputado federal Eduardo da
Fonte, presidente da sigla em Pernambuco, segue circulando pelas regiões e
articulando futuras candidaturas a prefeito. Por onde passa, Eduardo sempre
ressalta que há crescimento da legenda no Estado.
Atualmente, o PP também comanda a
presidência da ALEPE. Em 2018, a sigla elegeu 10 deputados
estaduais, sendo hoje a segunda maior bancada na Casa Legislativa. Não é à toa que o parlamentar fala em lançar, aproximadamente, 80 candidaturas
majoritárias em Pernambuco. E o fator da aliança com o PSB não impede nada. Um
exemplo prático é Limoeiro. O prefeito João Luís (PSB) é pré-candidato a
reeleição, mas o PP, que esteve no palanque dele na última eleição, em 2020 vai para a oposição e quer o ex-vereador Zé Nilton na disputa. Fica a pergunta:
Paulo Câmara vai passar pelas cidades com “bola dividida”?
Macaparana – O fato novo na cidade é o
lançamento da pré-candidatura a prefeito de Valdecirio Cavalcante. Gestor por
três mandatos, ele respirou politicamente ao torna-se apto para as eleições
municipais de 2020. Antes, circulava a informação de que ele estaria
inelegível. Nome da situação para buscar a sucessão, Valdecirio deverá
intensificar as visitas e reuniões nos quatro cantos do município. Algumas
ações realizadas pelo então prefeito ainda são lembradas pelos moradores, a
exemplo da Casa da Mãe Joana, espaço destinado ao acolhimento e refeições para
os menos favorecidos.
Passira – O Ministério Público de Pernambuco
(MPPE) recomendou à prefeita Renya Carla (PP) que evite o acúmulo
inconstitucional de cargos públicos entre servidores e secretários. Ela também
deve instaurar processos disciplinares administrativos contra cada um dos
envolvidos em casos do tipo, o que poderá resultar na demissão ou cassação de
aposentadoria. A prefeitura tem o prazo de 60 dias para apresentar ao MPPE as
providências adotadas. O não cumprimento da recomendação, bem como a acumulação
ilegal e incompatível de novos servidores, ensejará a adoção das medidas
judiciais.
Rapidinhas
Limoeiro – O comerciante Givaldo, o popular “Giva
do Bar”, reafirmou a pré-candidatura a vereador para as Eleições 2020. Caso o
projeto se consolide, será a primeira vez que ele coloca o nome como opção para
o Legislativo Municipal. PSOL deve ser o destino partidário.
Fiscalização – O TCE julgou irregular a gestão
fiscal das prefeituras de Belo Jardim e Verdejante, relativas a 2016 e 2018,
respectivamente. A primeira descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto
a segunda falhou na transparência das informações. Os prefeitos João Mendonça e
Haroldo Silva foram multados.
O povo quer saber – Em Limoeiro, para
qual palanque seguirá o pré-candidato Inácio Filho?