Com a segunda derrota consecutiva
para o governo do Estado, o ex-senador Armando Monteiro Neto (PTB) perdeu
representatividade e aliados. O petebista segue mantendo contatos e participando
de encontros políticos, mas sem cargo eletivo acaba perdendo força nas bases e,
consequentemente, fica mais distante dos holofotes. É a regra da roda gigante denominada
política partidária.
Diante deste cenário, o campo das
oposições naturalmente pede uma nova liderança em Pernambuco. E quem reuniria
perfil para tal? De imediato, o nome do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) é
lembrado. Atualmente, o pernambucano é líder do governo Bolsonaro, tem um filho
deputado federal (Fernando Filho), um deputado estadual (Antônio Coelho) e um
prefeito de Petrolina (Miguel Coelho). Em todas as esferas tem DNA dos Bezerra.
Sai na frente pelo peso das canetas.
A deputada federal Marília Arraes
(PT) poderia ressurgir como principal nome do campo oposicionista, mas a subserviência
do partido ao PSB engessa a petista. Com os novos presidentes dos diretórios
municipais pode sonhar um pouco mais alto. Os ex-deputados federais Mendonça
Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) amargam o fator “sem mandato” e sentem na
pele o dito popular: “Cada um só vale o que tem”. Para os dois a liderança ficou
mais difícil.
Correndo por fora e com mais
liberdade tem a família Ferreira. O deputado federal André (PSC), o prefeito de
Jaboatão dos Guararapes, Anderson (PL), e o deputado estadual Manoel (PSC) estão
empenhados em vários municípios pernambucanos, inclusive, com pré-candidaturas
consolidadas, dando clara demonstração de que o “Projeto Ferreira” visa sair da
Região Metropolitana para ganhar outras regiões. Vamos esperar!
Caruaru – O
encontro entre o governador Paulo Câmara (PSB) e a prefeita Raquel Lyra (PSDB)
ficará apenas no bom convívio administrativo. Politicamente, os socialistas
mergulharam nas articulações para tentar derrubar a tucana e ocupar o executivo
municipal. O ex-juiz eleitoral Brasílio Guerra foi convidado pelo PSB a se
filiar e passou a integrar a lista dos possíveis candidatos em 2020. O
magistrado atuou como juiz da propaganda eleitoral de Caruaru e mantém trânsito
livre com todas as siglas. Há quem afirme que chegou à hora de um nome neutro e
leve.
Vertente do Lério – O ex-prefeito Daniel Almeida (PT) não tem descansado quando o assunto
é 2020. A vontade de voltar a governar a cidade tem vencido os obstáculos. Sem
alarde, Daniel tem batido a porta de muitos moradores, lideranças e
correligionários. Mas o fato novo na política local é Cibelle Barbosa. Nos
bastidores, o nome dela é tido como quase certo para encabeçar a chapa da
oposição como futura candidata a vice. A jovem seria uma aposta do prefeito de
Orobó, Cléber Chaparral (PSD), que já prepara terreno para uma disputa de
estadual em 2022.
Passira – A
futura disputa para prefeito tem sido o prato de muitos passirenses. É só pisar
na cidade e ser alimentado de notícias políticas. Momentaneamente, a
pré-disputa polariza entre a prefeita Renya (PP) e o ex-prefeito Silvestre
(PSD). Mas outros nomes já conhecidos estariam nos bastidores. O vereador
Ernandinho (PTB) e o ex-vice-prefeito Edelsinho (PSB) podem aparecer numa
futura parceria. Há quem arrisque também numa dobradinha entre o ex-prefeito
Miguel (PP) e o empresário Zé Ramos (PRB). É aguardar, pois tem muito tecido
pra bordar.
Rapidinhas
Abandono – Caso
João Campos (PSB) assuma cargo de secretário no Estado, Limoeiro perderá representatividade
na Câmara dos Deputados. O estadual Aluísio Lessa (PSB) optou pelo caminho do
secretariado e deixou a cidade órfã na ALEPE. Eles foram os mais votados em Limoeiro.
Gravatá – O prefeito
Joaquim Neto (PSDB) lançou recentemente um programa de asfaltamento orçado em
R$ 8 milhões, através de financiamento da Caixa Econômica Federal. O prefeito fez
questão de sublinhar a falta de investimentos por parte do governo estadual na cidade.
O povo quer saber – O "caminhão" será levado para o palanque de 2020 em Limoeiro?