O reajuste salarial dos professores
da rede municipal de Limoeiro continua incerto. Na manhã dessa sexta-feira (7),
um grupo de profissionais protestou e reivindicou o cumprimento do novo piso
salarial da categoria, em vigor desde o mês de janeiro deste ano. O grupo
esteve nas sedes da prefeitura e da secretaria municipal de Educação e
Esportes, além de caminhar pelas ruas do centro da cidade com faixas, cartazes
e carro de som – tocando a música “Pague meu Dinheiro”.
Em entrevista coletiva, o secretário
da pasta, Luiz Gonzaga, alegou que o município segue com a despesa de pessoal
acima do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal: 54%. Ele
afirmou que, nos últimos meses, houve uma considerável redução no valor da
folha de pagamento em decorrência da redução de contratos de trabalho, com
isso, o percentual caiu 68% para 55,82%. “O prefeito solicitou ao Tribunal de
Contas um posicionamento se pode, em virtude de ter diminuído a despesa,
conceder o reajuste dos professores”, revelou Gonzaga.
De acordo com o secretário, pareceres
internos dos departamentos Contábil e Jurídico são contrários ao reajuste neste
momento, conseqüentemente, o novo piso só será concedido se o Tribunal de
Contas autorizar. “Estamos aguardando que o Tribunal sinalize para tenhamos condições
de pagar. Eu quero crer que será positivamente, porque houve uma redução muito
grande com despesa. O que queremos é resolver e mostrar para a categoria que
não há nenhum embate”, pontuou Luiz.
Durante a caminhada, os professores
criticaram a demora no pagamento dos salários com o valor do novo piso. Eles também lembraram que a
promessa da prefeitura de Limoeiro, inclusive, alegando provas documentais
oriundas das reuniões, seria de implantação do reajuste com o retroativo no fim
do mês de maio, o que não ocorreu. Caso a gestão municipal não consiga
implantar o novo piso da categoria, a greve não está descartada, além de
ingresso com representações no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). (Imagem | Reprodução Internet)