Pressionada pelos pais, a Prefeitura
de Limoeiro voltou atrás da decisão de encerrar os contratos com cuidadoras que
atuam com crianças especiais no acompanhamento dentro das salas de aula. Nove profissionais foram indicados
pela Secretaria Municipal de Educação e Esportes para terem os contratos reincididos
no mês de outubro, dias depois do primeiro turno da eleição, em decorrência de
um decreto assinado pelo prefeito João Luís (PSB), estabelecendo medidas de contenção
de despesas e redução da folha de pagamento. Cada secretário teve que
apresentar uma lista com os nomes que deveriam ser desligados da gestão
municipal.
A retirada das cuidadoras se
transformou em requerimento de autoria do vereador José Higino (PP), aprovado
por unanimidade, solicitando o regresso deles. Rosicleide Cristina, mãe de uma
menina especial de 6 anos, contou que os dias de aula foram reduzidos de
5 para 3. Ela revelou ainda que tem observado regresso no
desenvolvimento cognitivo da filha. O mesmo foi dito por Luciane Márcia, mãe de
um menino de 10 anos. Elas levaram cartazes e fotos das crianças para protestar
durante reuniões na Câmara de Vereadores de Limoeiro.
Nesta quarta-feira (7), durante
sabatina na Casa Professor Agripino de Almeida, o secretário municipal de Educação, Luiz Gonzaga, informou que as
cuidadoras voltarão às atividades. Ele adiantou que cinco já foram
recontratadas e as demais devem ser ainda este ano. Gonzaga disse a nossa
reportagem que a decisão do prefeito foi de retirar funcionários de outras
atividades para que as cuidadoras possam voltar em sua totalidade necessária. Em 2017, segundo os pais, a mesma retirada havia ocorrido, mas dias depois houve o retorno das acompanhantes.