Com a aproximação de 2018, os
bastidores políticos começam a esquentar, isso gera naturalmente acordos,
rompimentos e especulações. A mais recente que tomou conta das esquinas de
Limoeiro foi a da possibilidade de o vice-prefeito Marcelo Motta (PSB) disputar
uma vaga para deputado estadual. O também secretário municipal de Agricultura
ganhou uma notoriedade política ainda maior quando resolveu deixar o grupo do
deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos), em 2016, para arriscar ganhar a eleição
municipal com o grupo do prefeito João Luís (PSB). O nome dele foi tão
comentando que rendeu um convite para a chapa majoritária como candidato à
vice. A aposta deu certo e Marcelo colheu a vitória.
Tido como peça fundamental na
campanha vitoriosa do PSB em Limoeiro, Marcelo Motta teve seu prestígio aumentado com
as articulações que conseguiu fazer, principalmente, na zona rural, onde sempre
teve bom relacionamento. Mas será que tudo isso já lhe renderia o desejo de
sentar em uma cadeira na Assembleia Legislativa, ou ao menos colocar o nome à
prova numa disputa mais pesada? Bom, ninguém melhor para responder do que o
próprio. Por telefone, Marcelo gentilmente atendeu a nossa
reportagem. A pergunta foi objetiva: Você pensa em ser candidato à deputado
estadual no próximo ano? Da mesma forma foi a resposta: “Não. Não tenho esse
interesse. Até porque teria que renunciar o cargo de vice-prefeito”, respondeu.
Sombra – Enquanto o prefeito João
Luís (PSB) enfrentou algumas polêmicas na cidade, a exemplo dos projetos (da
reforma administrativa e da atualização tributária) encaminhados ao Legislativo com urgência, e
que dividiu opiniões entre os eleitores, assim como o voto de repúdio recebido dos
vereadores, quando isso aconteceu pela primeira vez na história do
município com um gestor municipal, Marcelo se manteve em silêncio e longe da
polêmica. Se na hora de colher os "louros", a gestão colhe junto, no momento das
críticas, o prefeito leva a carga maior. Tudo isso começa a colocar por gravidade, Motta como um
possível candidato à prefeito em 2020. Se vai romper ou não, isso só o tempo
dirá. Atualmente, ele é considerado um braço forte do deputado licenciado Nilton Mota (PSB), que inclusive, agora comanda a Casa Civil, ou seja, quase um governador auxiliar.