No início da noite desta segunda
(21), o deputado federal e ex-prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo (PTB), e o
atual gestor Thiago Cavalcanti (PROS) concederam entrevistas na sede da
prefeitura sobre a "Operação Carona", deflagrada pela Polícia Federal (PF) em parceria
com a Controladoria Geral da União (CGU). A operação citou Limoeiro num
possível envolvimento com desvios de recursos do transporte escolar. De acordo
com um despacho da Procuradoria Geral da União, assinado pelo Procurador Geral
da República, Rodrigo Janor, datado em 17 de agosto de 2015, documento que a
nossa reportagem teve acesso, as investigações partiram de denúncias feitas
pelo presidente do Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil em Limoeiro,
Jerônimo Guerra.
Diante das denúncias, Teobaldo negou
irregularidades baseado na análise e despacho do Ministério Público Federal (MPF).
Ele revelou que durante as investigações foi intimado para depor na sede da PF. Também
prestaram depoimentos os secretários da época: Marcelo Gomes (Administração), Maria
José (Educação), Jeférson Mirabeau (Infraestrutura), Ana Carmelle (Presidente
da Comissão de Licitação) e João Heronildes (Proprietário da Empresa de
Transportes AR Resendis). “Em momento algum reclamei das investigações, ao
contrário, defendo que sejam apuradas. Fui o prefeito mais investigado na
história de Limoeiro e durmo de cabeça tranquila. As coisas são bem diferentes
das muitas vezes noticiadas pelas pessoas. Fomos investigados e o resumo foi o pedido do arquivamento do processo”, disse Ricardo.
O relatório do MPF pediu o
arquivamento afirmando em determinado trecho que: “Não há causa para prosseguimento
das investigações ou pedido de instauração de inquérito perante o Supremo
Tribunal Federal: as supostas
irregularidades noticiadas na representação formulada pelo Diretório do PC do B
em Limoeiro não restaram minimamente demonstradas. As diligências levadas a
efeito pela autoridade policial não lograram angaria elementos mínimos de
materialidade e autoria imputáveis ao então prefeito de Limoeiro, Ricardo
Teobaldo Cavalcanti.
O atual prefeito Thiago Cavalcanti
também comentou o assunto. E mesmo diante das denúncias contra a empresa AR Resendis,
o gestor afirmou que o contrato permanece ativo. “A empresa tem cumprido com o
transporte escolar de Limoeiro, assim como mantemos a fiscalização. Prefiro
aguardar o que acontecerá nas investigações dela com outras prefeituras. Isso
indefere o relacionamento com o município. E quero tranquilizar os estudantes
que o transporte continua normal”, pontuou Thiago. (Imagem | Márcio Wanderley)