A situação das barragens na Região do
Agreste Setentrional não está mais crítica por conta das chuvas do final do mês
de junho e início de julho. E isso fez com que algumas barragens saíssem da
situação de colapso. Parte dos municípios da região são abastecidos pela
Barragem de Palmeirinha, que fica na Comunidade de Pedra Fina, zona rural de
Bom Jardim. Segundo dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), o
reservatório tem capacidade para 6 milhões de metros cúbicos de água. O último
levantamento realizado em agosto mostra que o reservatório apresenta 45%.
Antes, no período mais crítico, a barragem entrou em colapso com apenas 3%.
Já a Barragem do Carpina, que fica em
território do município de Lagoa do Carro, tem uma capacidade de armazenamento
bem maior: são 270 milhões de metros cúbicos. De acordo com APAC, desse total,
a barragem está com 18% da capacidade, o que tem garantido o abastecimento de
algumas cidades do Agreste. Segundo os técnicos da agência, essa quantidade
ainda abastece cinco cidades do Agreste Setentrional por aproximadamente dois
anos. Um detalhe é que apesar do aumento no volume de água das barragens,
muitas cidades mantém o racionamento prevendo a dificuldade no verão.
A situação mais crítica é com a
Barragem de Jucazinho, que opera abaixo dos 3% da capacidade e no volume morto.
O reservatório tem capacidade de armazenamento de 327 milhões de metros cúbicos
e chegou ao nível mais baixo desde a construção. Com a baixa do volume de água
casas começaram a aparecer (foto) e isso tem chamado à atenção da população. Segundo
moradores mais antigos, no passado existiam casas ribeirinhas ao Rio
Capibaribe, mas que foram desativadas com a construção da barragem. (Imagem | Divulgação)