Troca de acusações esquenta ainda mais o clima político no município de Machados

Após publicação de uma matéria jornalística na Folha de Pernambuco acusando o prefeito de Machados, Manoel Plácido (Cido), do PTB, de favorecimento a familiares em licitação, o chefe do executivo quebrou o silêncio e, em entrevista à Rádio Cultural FM, afirmou não existir irregularidades em sua administração. “São denúncias vazias feitas para enganar as pessoas”, falou Cido. Ele ainda revelou que a denúncia não foi feita pelo vereador da oposição Hélio Mota como consta na matéria, e sim pelo seu filho que usou o nome do pai, identificado pelo prefeito como Ângelo, de cognome “Goroba”.

O gestor atribuiu às denúncias ao fato de sua administração atingir a marca de 82% de aprovação, porém, ele não informou a fonte de pesquisa durante a entrevista. E para apimentar ainda mais o clima político em Machados, Cido disse que o pré-candidato da oposição, Argemiro Pimentel (PT), é o grande responsável pelos movimentos contra a sua administração. “Ele (Argemiro) joga as pessoas para fazer isso e depois joga o corpo fora”, disparou o prefeito. E a “metralhadora” não parou por aí: “Ele (Argemiro) está sendo investigado por enriquecimento ilícito no Rio de Janeiro. Nunca declarou nada dos bens que tem Machados”, completou. Atualmente, Argemiro cumpre seu terceiro mandato de vereador na cidade carioca.

Quando ao assunto licitação, Cido disse que suas contas estão à disposição para serem analisadas. “Nós compramos na empresa que apresentar o preço menor como toda licitação”, afirmou. Porém, ele confirmou que o empresário identificado como Francisco realmente é o seu cunhado. “Mas não há favorecimento”, reafirmou. O fato da empresa vencedora ser de um familiar tem gerado muitos comentários negativos entre os moradores de Machados.

Oposição – No mesmo programa, o pastor Evandro Krilis, um dos coordenadores da pré-campanha de Argemiro Pimentel falou que as denúncias são verdadeiras e exigiu respeito do prefeito de Machados. Anteriormente, o prefeito e o pastor já haviam se desentendido por conta de movimentos políticos, inclusive sendo manchete em jornais e blogs do Estado.