Neste ano de 2011, o prefeito de Gravatá pode gastar ou remanejar até 40% dos recursos públicos sem precisar pedir permissão aos vereadores. Em uma manobra muito bem articulada para dar mais poderes à Câmara, em 2012 essa autonomia cai para apenas 5%, o que deixa o prefeito Ozano Brito (PSD) cativo dos vereadores.
A Câmara de Vereadores de Gravatá deixou um presente de grego para Ozano Brito, um verdadeiro abacaxi para o prefeito descascar em 2012. Se ele podia gastar 40% das verbas públicas sem pedir permissão aos vereadores, ele agora só pode utilizar 5%. Ou seja, dos prováveis R$ 151 milhões do orçamento previstos para 2012, o prefeito só tem direito a gastar ou remanejar R$ 7 milhões sem pedir autorização da Câmara. Se não houvesse essa medida que o deixa de mãos atadas e cativo dos vereadores, ele teria direito a gastar ou remanejar R$ 60 milhões, ou 40% do orçamento.
Através de emenda – votada no último minuto de uma entediada reunião ordinária no dia 8 de novembro com o famoso “se for contra fique de pé, se for a favor fique sentado”, e que ninguém fica de pé, até por que não dá tempo de pensar no que está votando – a Câmara Municipal de Gravatá tirou poderes e autonomia do prefeito Ozano Brito para empregar o dinheiro do orçamento da Prefeitura. Uma verdadeira rasteira no prefeito, que só não vai ter problema com essa medida se tiver a maioria na Câmara para garantir a aprovação de seus projetos.
Blog do Castanha