No período de 01 a 10 de julho realizou-se a XII FENEARTE no Centro de Convenções de Pernambuco. Estivemos lá e, mais uma vez, notamos a ausência de Bom Jardim. Municípios vizinhos como Machados, João Alfredo e Limoeiro ali se faziam representar com vistosos stands, expondo a produção de seus artistas. O nosso município oferece exuberante riqueza nessa área, quer seja nas artes plásticas, na escultura, na música, na literatura e em várias outras formas de manifestação artística. Lá encontramos esse grande escultor, que é Marcos de Juvino, rodeado de clientes e admiradores, que só pôde mostrar sua arte graças à generosidade da prefeita Judite Botafogo, que disponibilizou um espaço no stand de Lagoa do Carro para que o nosso artista expusesse as peças de sua produção. Por outro lado, o extraordinário artista plástico Arnóbio Barros, em stand próprio, pôde expor e negociar os trabalhos por ele confeccionados com os milhares de pessoas que se deslumbravam ante a beleza de suas criações.
A propósito, conversando com esse ilustre representante da cultura bonjardinense, ficamos sabendo que há muito ele tenta expor ou ministrar oficinas de arte em nossa cidade, mas não tem encontrado receptividade junto ao Departamento de Cultura do Município. Para a realização desses eventos, o artista necessitaria apenas de veículo apropriado para transportar as peças e um local onde pudesse expô-las e realizar as oficinas. Talvez valha a pena encerrar este desabafo com uma citação do escritor inglês Aldous Huxley: “Vivemos num mundo cheio de miséria e ignorância. O dever de cada um de nós é tentar tornar o pequeno canto em que vive em algo um pouco menos miserável e menos atrasado do que antes da sua chegada”.
Dodó Felix (Matéria veiculada no Jornal Correio do Agreste)