
A cada dia, mais se torna evidente a incompetência da atual administração de Bom Jardim. Depois da enchente de 3 de maio, as pontes e pontilhões que ligam as principais artérias da cidade foram levemente danificadas, impedindo o tráfico de veículos. Em caráter emergencial, esses importantes elos poderiam ser rapidamente restaurados com apenas umas poucas carradas de piçarro. Como a prefeitura não foi capaz de tomar essa providência, alguns populares se cotizaram e realizaram essa ação.
Mesmo assim, é sabido que ao prefeito não agradou esse gesto, que só teve a intenção de evitar maiores transtornos no nosso caótico trânsito. Não faz muito tempo, desfilaram pelas nossas ruas novos caminhões-caçamba, acompanhados de foguetórios, apregoando as novas aquisições da prefeitura. Antes disso, uma nova e possante máquina, própria para restauração de estradas, ficou exposta durante longo tempo numa de nossas praças. Não obstante, as entradas (cartões de visita) da cidade, encontram-se praticamente intransitáveis, o que transformou o gestor municipal no mais (mal) falado prefeito da região.
É realmente uma temeridade entrar em Bom Jardim conduzindo veículo, pois quem o fizer corre sério risco de arcar com grandes prejuízos, devido às muitas crateras que terá de transpor. Além de ruas esburacadas, há lixo atulhado por toda parte. No Matadouro Municipal, que agora virou pousada de urubus, existe até uma criação de porcos! E o pior: bem próxima do abatedouro, espalhando pelas redondezas um mau cheiro insuportável. A vila da COHAB dá pena ver. Está entregue aos ratos e baratas. Mesmo quando o prefeito resolve fazer alguma coisa, o faz de maneira errônea.
É o caso das festas juninas, que este ano foram transferidas para a antiga Quadra Municipal da vila Noelândia. Graças à peculiar falta de visão do gestor municipal, foi interditada a única via de acesso ao local dos festejos, que, embora precariamente, permitia a passagem de veículos. A interdição obrigou aos que quisessem chegar à Quadra supracitada a contornarem a cidade, enfrentando péssimas e perigosas estradas. Foi deveras um contrassenso consertar aquele pontilhão nas proximidades da Quadra Municipal durante as festas juninas, pois isto poderia ser feito após esse período. Mera falta de planejamento.
Mas não fica só nisso. As estradas que cortam o município apresentam-se (todas) sem condição de trafegabilidade. É de se perguntar: onde estão a máquina e os caminhões-caçambas recém-adquiridos? Tem chovido bastante ultimamente, não há como negar. Mas com tantos veículos, se quisesse, a prefeitura poderia fazer alguma coisa. Diante de tamanho descalabro, quem sai perdendo é a população, que somente em anos de eleição é lembrada. (Matéria Veiculada no Jornal Correio de Agreste)