Com o anúncio de algumas mudanças no
secretariado da prefeitura de Limoeiro, o advogado Bruno Motta, irmão do vice-prefeito
Marcelo Motta (PSB), foi retirado da secretaria de Agricultura. Ele assumiu a pasta
ainda no primeiro ano da gestão, substituindo o próprio irmão, que naquele
momento voltou para o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), onde é
funcionário de carreira. Com estrutura de trabalho reduzida, Bruno passou
despercebido, diferente de Marcelo, que conseguiu respaldo na gestão
de Ricardo Teobaldo (Podemos) e fez o nome politicamente, principalmente, na
zona rural.
Mas a saída de Bruno não fica apenas
no campo administrativo. É mais um sinal do rompimento político entre João Luís
(PSB) e Marcelo Motta. Há mais de 30 dias que não há contato entre eles:
estaria um esperando pelo outro para anunciar oficialmente o rompimento? Há
quem diga que sim. Inclusive, o rompimento já existe de fato, apesar de que
amanhã tudo pode mudar. Vejo o silêncio de Marcelo como algo estratégico,
contudo, pode ficar muito tarde. Ele não sente tanto o desgaste da atual
gestão. O bombardeio é notadamente em cima do prefeito, porém, Motta incomoda
alguns grupos políticos pelo silêncio adotado: Ou está rompido ou não está. Em
cima de muro é que não pode ficar.
Uma fonte ligada à família Motta revelou
ao blog que alguns familiares pedem paciência, outros avalizam o rompimento.
Marcelo é quem vai bater o martelo. Colocado pela população como provável
candidato a prefeito em 2020, o vice-prefeito também precisará resolver sua
vida com o Palácio do Campo das Princesas. Por falar em palácio, tem por lá, no
comando da Casa Civil, o ex-deputado Nilton Motta (PSB), amigo particular e
será o mais consultado nos próximos dias.