Coluna Política | Peso da caneta de ministro não surtiu efeito necessário nas urnas


Reflexo da insatisfação popular, os ex-ministros do presidente Michel Temer, Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), amargaram duras derrotas nas eleições deste ano. Candidatos ao Senado, os dois viram Brasília mais distante no pleito deste ano. Mendonça ainda brigou até os 45 do segundo tempo, mas não conseguiu virar o jogo contra o antigo aliado Jarbas Vasconcelos (MDB). Já Bruno ficou atrás o tempo todo e sem reação. Isso mostra que o peso da caneta enquanto ministros não surtiu o efeito necessário na hora de conquistar votos. É inegável que a marca "Temer" pesou negativamente na campanha deles, ou melhor, na campanha toda do grupo liderado pelo candidato a governador Armando Monteiro (PTB), chegando ao batismo de "Turma do Temer" feito pelo PSB. Ah, sem esquecer que o filho de Mendonça, Vinícius (DEM), candidato a deputado federal, não conseguiu uma cadeira, deixando a imagem política do pai ainda mais ofuscada. 

Bom, isso vem para acender o sinal de alerta entre Democratas e Tucanos. Passou da hora de reinventar-se politicamente. O recado serve para a política geral. A oligarquia ainda impera, tem força contundente, mas aos poucos há sinais de reação popular. Prova disso está no tamanho da renovação no Senado Federal, sem falar nas novidades a partir de janeiro na própria Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), entre elas, a eleição da "Juntas", chapa coletiva formada por 5 mulheres. Nas eleições deste ano, também registramos votos de revolta, votos conscientes e votos modinha. Isso faz parte do estilo brasileiro de votar. Ainda estamos longe da eleição dos sonhos, dos votos amplamente conscientes, contudo, sempre é possível.

Bom Jardim 1 - Com 6.390 votos para deputado estadual, o ex-prefeito de Bom Jardim, Miguel Barbosa (PP), ficou longe de conseguir uma vaga na ALEPE, mas alcançou o seu objetivo: ser o mais votado na terra natal. O progressista não declara abertamente, mas é sabido que o projeto dele é disputar a prefeitura em 2020. Nos bastidores, há quem arrisque que poderá surgir uma união entre Miguel e o seu eterno padrinho político, o atual prefeito João Lira (PSD), para quem perdeu em 2016 quando tentou a reeleição. Todos negam.  

Bom Jardim 2 - Empolgado com a vitória para presidente da Câmara de Vereadores, Jotinha da Funerária (PSC) nunca diz nunca quando perguntado se será candidato a prefeito em 2020. O sonho de sentar na principal cadeira política da Terra do Granito, ele não esconde de ninguém. A atuação, a partir de janeiro, no comando do Poder Legislativo pode credenciá-lo para tal. O "galego" precisará mostrar habilidade para lidar com os pares e, claro, reunir nomes em torno do seu projeto. Terá que passar no "teste de fogo" se quiser sair bem na foto.

João Alfredo - A prefeita Maria Sebastiana (PSD) conseguiu apresentar expressiva votação para o federal André de Paula (PSD), o colocando como majoritário. O estadual dela, Romário Dias (PSD), ficou em segundo, atrás do filho da terra Zé Maurício (PP), que mesmo sendo o mais votado localmente, perdeu a eleição e se despede da ALEPE. Ainda na Cidade Feliz, vale ressaltar a votação de George Costa (DC), que para federal conseguiu mais de 11 mil votos no Estado, desses, mais de mil nas urnas da terrinha. Ele foi uma indicação do Ministério de Fé e Política da Renovação Carismática Católica.

Rapidinhas

Expectativa - Quantos contratos serão rescindidos pela prefeitura de Limoeiro? Essa é a pergunta que não quer calar. Os cortes serão informados pelos secretários. O número ainda não está definido e vai acontecer no dia a dia, segundo a assessoria. 

Tirou onda - A delegada Gleide Ângelo (PSB) obteve 2.518 votos em Limoeiro, sem realizar ato de campanha no município. Surpreendeu! Juliana Chaparral (Patriotas), com 3 vereadores apoiando, Diogo Prado (PSC), com 4, não passaram de 2 mil votos. 

Onde há fumaça, há fogo - Quando os prefeitos da região vão começar a fazer campanha para seus candidatos a presidente?