Páginas

domingo, 30 de julho de 2023

Galpão das Artes mantém viva tradição do Mané Gostoso


Um brinquedo que acompanha gerações se mantém “vivo” no Centro de Criação Galpão das Artes, entidade cultural e educacional instalada há mais de 20 anos no município de Limoeiro. Esse sábado (29) foi dedicado à pintura do boneco Mané Gostoso. Sob a coordenação de Dilhermando Alves, oficineiro com formação em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as crianças do Projeto Arte Educação colocaram o talento e a imaginação em prática na hora de colorir o brinquedo.

 

O fim de semana foi dedicado, especificamente, à pintura do corpo do boneco, que é considerado símbolo do Galpão das Artes. De acordo com o diretor do espaço, arte-educador Fábio André, “nesta etapa, os brinquedos serão confeccionados e se submeterão a uma exposição no final da execução do projeto”. André também ressaltou que o projeto tem o aval e a aprovação do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

 

Os recursos que chegam ao CMDCA para repasse à entidade cultural são oriundos da Indústria Duarte e Albuquerque (DUAL), empresa genuinamente limoeirense – mas com base de produção e negócios no Sul do País – por meio Instituto Octaviano e Inácia Duarte (IOID), braço social do grupo industrial. O projeto ainda conta com o apoio e o incentivo da Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania.

 

Quem é Mané Gostoso? Brinquedo que tem pernas e braços movimentados por cordões e uma articulação de madeira, fez e faz parte da infância dos. Para preservar sua memória, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o tornou, em outubro de 2013, patrimônio cultural brasileiro. De acordo com pesquisas educacionais, o boneco facilita o desenvolvimento da coordenação motora e da atenção, além de desenvolver a capacidade de concentração.

 

Projeto - As crianças atendidas pelo Arte Educação são estudantes da rede municipal, oriundas de famílias de baixa renda e com idades entre 8 e 12 anos. O foco também está relacionado ao direito de brincar, permitindo a criançada confeccionar o próprio brinquedo. “A vivência apresenta como metodologia oficinas de linguagens do teatro, desenho, pintura, cinema e confecção de brinquedos populares. Também orientamos sobre temas como sexualidade, violência e drogas”, pontua Fábio André.